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1939: o ano em que fomos felizes



1939

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Leitores queridos, nesta semana chegam aos cinemas Missão Impossível 8 e o remake live-action de Lilo & Stitch. Sim, oitavo filme de uma mesma franquia e a segunda versão da mesma história da Disney. Se isso não é o auge da falta de originalidade em Hollywood, talvez seja pelo menos o ponto mais confortável da repetição. Nada contra Tom Cruise ou costuras havaianas, mas o lançamento dessas obras inspirou esta coluna a fazer uma viagem ao passado — a um tempo em que o cinema ousava, inovava e nos presenteava com obras-primas que marcaram gerações.

Hoje, vamos falar de um ano mágico: 1939. O ano em que Hollywood brilhou como nunca antes (e talvez nunca mais). Se você acha que exagero, prepare-se para conhecer ou relembrar alguns dos filmes que fizeram de 1939 o maior ano da história do cinema. Spoiler: nenhum deles é sequência, reboot, spin-off ou feito por algoritmo.

Por que 1939?

Em pleno período entre-guerras, o cinema já era uma das formas de entretenimento mais poderosas do mundo. A indústria americana vivia o auge do chamado Studio System, e os maiores estúdios competiam ferozmente pela atenção do público. O resultado? Um desfile de produções ambiciosas, roteiros bem construídos, atuações memoráveis e, o mais importante, histórias originais.

Vamos à lista, que é de fazer qualquer streaming passar vergonha.

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E o Vento Levou (Gone with the Wind)

1939
Clark Gable and Vivien Leigh in …E o Vento Levou (1939)

Um épico romântico de quase quatro horas que se tornou o filme mais assistido da história (ajustando para a inflação). Baseado no romance de Margaret Mitchell, conta a saga de Scarlett O’Hara durante a Guerra Civil Americana. Com performances icônicas de Vivien Leigh e Clark Gable, direção de Victor Fleming e uma produção colossal, o filme venceu 10 Oscars e ainda hoje é referência em narrativa épica.

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Qualidade: atuações intensas, figurinos suntuosos, trilha inesquecível e drama em escala operística. Um verdadeiro monumento cinematográfico.

O Mágico de Oz (The Wizard of Oz)

1939
Judy Garland, Ray Bolger, Margaret Hamilton, Jack Haley, Bert Lahr, Pat Walshe e Terry em O Mágico de Oz (1939)

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“Estamos longe de casa, Totó.” E como estamos. Este clássico musical que nos levou a um mundo de fantasia colorida com Judy Garland como Dorothy é pura ousadia visual. Foi um dos primeiros filmes a usar o Technicolor de maneira expressiva, e sua transição do sépia para o colorido ainda arranca suspiros.

Qualidade: músicas memoráveis (alô, “Somewhere Over the Rainbow”), design de produção espetacular e uma história encantadora que continua cativando adultos e crianças.

No Tempo das Diligências (Stagecoach)

No tempo das diligências

Aqui nasceu o faroeste moderno. Dirigido por John Ford, o filme é mais do que um western — é um drama humano sobre diferentes tipos de pessoas confinadas em uma diligência cruzando território indígena. Foi também o filme que transformou John Wayne em astro.

Qualidade: direção impecável, paisagens deslumbrantes, tensão constante e uma reflexão sutil sobre a sociedade americana. Aliás, já esqueci sobre esse clássico aqui.

A Mulher Faz o Homem (Mr. Smith Goes to Washington)

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1939
James Stewart em A Mulher Faz o Homem (1939)

Você acha que só hoje políticos são tema de filmes? Em 1939, Frank Capra já fazia crítica social com charme e intensidade. James Stewart interpreta um senador idealista enfrentando a corrupção em Washington.

Qualidade: roteiro forte, mensagem atualíssima (mesmo hoje!), e uma atuação comovente que mostra o poder da integridade.

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O Morro dos Ventos Uivantes (Wuthering Heights)

1939
Laurence Olivier em O Morro dos Ventos Uivantes (1939)

A adaptação do romance sombrio de Emily Brontë trouxe Laurence Olivier ao estrelato internacional. É um drama de amor, obsessão e tormento em plena charneca inglesa.

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Qualidade: atmosfera gótica, direção poética de William Wyler e uma profundidade emocional rara para a época.

Adeus, Mr. Chips (Goodbye, Mr. Chips)

1939

Uma carta de amor à educação e aos professores, com Robert Donat interpretando o tímido e adorável Mr. Chips. Donat venceu o Oscar de Melhor Ator, batendo ninguém menos que Clark Gable e James Stewart.

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Qualidade: sensibilidade à flor da pele, uma vida contada com elegância e um verdadeiro lembrete de que há grandeza na simplicidade.

Ninotchka

1939
Bela Lugosi e Greta Garbo em Ninotchka (1939)

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Imagine Greta Garbo sorrindo. Agora imagine uma comédia romântica com crítica ao comunismo e ao capitalismo, tudo em um só filme. Dirigido por Ernst Lubitsch, é refinado, engraçado e provocador.

Qualidade: diálogos afiados, crítica política bem dosada e uma performance deliciosa de Garbo, que pela primeira vez “ri” no cinema.

Outros grandes lançamentos de 1939:

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  • A Grande Ilusão (The Rains Came)
  • Beau Geste
  • A Carta (The Letter)
  • Interlúdio (Only Angels Have Wings)
  • Confissão (Confessions of a Nazi Spy)

Sim, tudo isso num único ano. Se fosse o catálogo de um streaming, você acharia que estava pagando barato demais.

O que fazia esses filmes tão especiais?

Além do talento envolvido, esses filmes nasceram de roteiros bem escritos, com personagens complexos, construções visuais cuidadosas e, principalmente, originalidade. Não estavam tentando criar franquias ou agradar algoritmos. Estavam tentando fazer cinema.

E não é nostalgia de cinéfilo ranzinza: a maioria desses filmes ainda resiste ao tempo, emociona, diverte e inspira. Qual foi a última vez que você viu um blockbuster atual provocar o mesmo impacto duradouro?

Finalizando com uma dúvida no ar…

Leitores queridos, será que um dia voltaremos a viver uma era de tamanha criatividade e coragem no cinema? Ou será que teremos que esperar Missão Impossível 15 para ver algo realmente novo (como o Ethan Hunt abrindo uma padaria, talvez)?

Se você curtiu este texto, crie sua conta grátis para deixar um comentário aqui embaixo, contar qual desses filmes você ama ou odeia (prometemos não julgar) e, claro, compartilhe este artigo com amigos, familiares ou com aquele colega que acha que “filme bom é só da Marvel”.

Até a próxima sessão — com ou sem remake.


Ricardo Reis

Olá. Meu nome é Ricardo Reis, empresário, ex-professor e (ainda) entusiasta de cinema.


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