Meu bom empreendedor, se você tiver 12 gramas de cérebro e atenção, já percebeu que não estamos mais no 40emais, não é mesmo? Se você já esteve à frente de um projeto ou negócio, sabe bem como é fácil se apegar à ideia inicial. A gente começa com entusiasmo, escolhe um nome bacana, define uma estética, cria o site, talvez até contrata alguém pra ajudar com o logo (contratem uma agência!). E pronto: colocamos a cara no mundo. Mas o tempo passa, o mercado muda, e o que parecia certeiro, começa a mostrar sinais de desgaste — ou, pior, de desconexão com o público.
Foi exatamente isso que aconteceu com a plataforma 40emais. O nome, escolhido num momento anterior, trazia uma proposta que já não refletia o conteúdo e a diversidade da audiência. O projeto evoluiu, mas a marca ficou para trás. Mas, pelo menos a gente não fechou os olhos para esse desalinhamento. Fizemos o que muitos evitam fazer: paramos, analisamos e decidimos recomeçar — com mais estratégia, mais clareza e mais coragem.
O primeiro passo foi mudar o nome da plataforma. 40emais deu lugar à Conteúdo e Mais, um nome mais amplo, mais flexível, e que deixa claro o foco da proposta: entregar conteúdo de qualidade, inteligente, atual, feito por quem entende do que está falando. Essa decisão, embora pareça simples, é um movimento de reposicionamento de marca que exige maturidade. Requer abrir mão do ego e se perguntar: “o que eu quero que as pessoas vejam quando olharem para o meu projeto?”
A identidade visual: forma e função
A mudança de nome veio acompanhada de uma nova identidade visual. A marca anterior tinha traços mais femininos, o que pode funcionar muito bem dependendo do público-alvo. Mas quando a proposta é abraçar diversidade e seriedade editorial, é preciso que a estética acompanhe esse posicionamento.
Entraram em cena tons sóbrios como azul e cinza, que trazem elegância, profissionalismo e, ao mesmo tempo, uma sensação de confiança. Esses elementos não foram escolhidos por acaso. No universo do design de marcas, cada cor, cada forma e cada tipografia carrega uma mensagem subliminar. Azul remete à credibilidade e à estabilidade. Cinza traz sofisticação. O conjunto, quando bem trabalhado, muda a percepção da marca de forma quase imediata.
Para você, empreendedor, que está repensando sua identidade, aqui vai uma dica valiosa: estética não é só “gosto”. É estratégia. E ela precisa conversar com o seu público e com os seus objetivos de negócio. Rebranding não é trocar a embalagem — é redefinir o que está sendo entregue.
Um plano de negócios que (enfim) saiu do papel
Outro ponto crucial dessa transformação foi a elaboração, pela primeira vez, de um plano de negócios estruturado. Parece básico, eu sei. Mas acredite: ainda é surpreendente a quantidade de empreendedores que começam projetos na base da intuição. E, sim, me crucifiquem: eu comecei essa empresa SEM um plano de negócios. Tudo aqui que eu falo para vocês, eu mesmo não fiz. Hey: casa de ferreiro…
Ao sentar para fazer um plano de negócios de verdade, com a preciosa ajuda do mestre Ricardo Reis e contribuição do grande Leollo Lanzone, conseguimos identificar falhas que passavam despercebidas no dia-a-dia. A falta de foco em monetização, as ferramentas pouco intuitivas para colunistas e leitores, e a ausência de métricas claras sobre desempenho eram só alguns dos gargalos. Além de ter mais coisa do que conseguíamos divulgar.
Com o planejamento em mãos, as decisões ficaram mais fáceis — e mais certeiras. O negócio deixou de ser um experimento e passou a ser uma plataforma com estrutura, metas e uma visão de longo prazo.
Tecnologia como aliada da audiência e dos criadores
Outro acerto dessa virada de chave foi a adoção de novas tecnologias. A Conteúdo e Mais investiu em ferramentas voltadas à monetização dos colunistas e à interação com a audiência. Isso muda o jogo.
Hoje, mais do que nunca, quem cria conteúdo precisa ser valorizado. Criadores engajados produzem melhor, e audiência engajada permanece. Soluções que facilitam essa troca — seja por meio de sistemas de apoio financeiro, chat ao vivo, comentários inteligentes ou áreas exclusivas para assinantes — são essenciais para plataformas que desejam crescer com consistência.
E aqui vai outra dica para você, empreendedor: investir em tecnologia não significa sair gastando com tudo o que é plugin ou software da moda. Significa entender onde estão os pontos de atrito da experiência do usuário — tanto do seu cliente quanto da sua equipe — e resolver esses problemas com soluções práticas e escaláveis.
Um recomeço consciente, que vai ser devagar, mas com os pés no chão
O relançamento da plataforma foi pensado para ser gradual. Nada de despejar mil novidades de uma vez e deixar o público perdido. A estratégia foi apresentar cada inovação com calma, destacando seus benefícios e explicando como usá-las. Um movimento que respeita o ritmo de adaptação da audiência e mostra zelo por quem está do outro lado da tela. Além do mais, estamos ainda a ampliar a equipe, então, vamos fazer bem feito aquilo que dá!
Conteúdo e Mais é um exemplo de como um recomeço, quando bem planejado, pode ser o melhor caminho para dar vida longa a um projeto. Não se trata de apagar o que foi feito antes, mas de aprender com ele para construir algo mais forte, mais atual e mais conectado com o mercado.
E hoje, vou quebrar a tradição, e não vou fazer merchandising da IAP Propaganda, que eu faço tradicionalmente, pois esse texto já é praticamente um merchandising sozinho. Semana que vem a gente traz de novo.
Mas e você, meu entusiasmado empreendedor? Já sentiu que sua marca ou seu projeto precisava mudar, mas ficou em dúvida sobre como ou por onde começar? Conta pra mim nos comentários — vou adorar saber mais sobre a sua experiência.
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