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Vossos filhos não são vossos filhos.

São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.

Vêm através de vós, mas não de vós.

E embora vivam convosco, não vos pertencem.

Essa poesia de Gibran Khalil Gibran sempre me tocou muito, quer pela grande e dolorosa verdade embutida ou pelas minhas raízes árabes que amam tudo que vem de lá, mas nessa semana duas histórias com as quais tive contato reverberaram fortemente em mim.

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Por um lado uma mãe muito pesarosa de que depois que o filho casou, não faz mais parte das decisões do filho, que as divide com a esposa naturalmente e apesar de ver seu crescente sucesso profissional sente não estar no gozo dessas conquistas diretamente.

Numa outra história e a vida de psicóloga tem essa riqueza de histórias uma mãe a meu ver jovem com seus 65 anos, vestiu o manto da velhice após enviuvar e foi morar com sua jovem filha recém casada com a agravante de estar tão fragilizada em sua “velhice e viuvez “ ainda pedia para a filha dormir em seu quarto..

Vocês já imaginam o caos que virou a vida do casal em construção e como essa filha ficava dividida entre seus dois amores, Fortes mas totalmente diferentes.

Todo o esforço dos pais, aliás o grande objetivo dos pais é ver os filhos crescerem saudáveis e se realizarem e isso ocupa grande parte do tempo e das emoções parentais e quando esse papel acaba pois eles aprendem a andar sozinhos na vida ,se esses pais não se dedicaram também a construir seu próprio espaço de realizações vem um sentimento forte de vazio e abandono, o que popularmente se costuma chamar síndrome do ninho vazio, expressão que sinceramente não me agrada nem um pouco pois reforça esse sentimento como se fosse uma verdade absoluta.

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Momento em que se potencializam sensações de tristeza e desamparo, mas que na verdade impedem que os pais se atualizem e aprendam a aproveitar as benesses das conquistas filiais como algo que lhes pertencem também ,mesmo que estejam a distância.

Como já me disse um grande e querido amigo, nossos filhos são nossos projetos de vida, mas nós não somos o projeto de vida deles, nem podemos ser, mas os laços afetivos e amorosos se consagram cada vez mais quando soubermos, enquanto pais nos posicionarmos adequadamente em suas vidas. Fica a dica

Finalizando com mais uma pérola do grande Khalil Gibral, quando ele diz:

Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;
Pois suas almas moram na mansão do amanhã,
Que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.
Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós.
Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passa.

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Boa semana 😊


Marcia Atik

Márcia Atik, é psicóloga clínica, conferencista, com especialização em Sexualidade, Terapia de Família e Casal.


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