Época de crianças alegres e excitadas cercadas por adultos melancólicos.
Emoções bastante complexas, que evocam infância perdida, sonhos não realizados, dificuldades não ultrapassadas.
A reunião familiar, importante, pois a árvore para se manter ereta e forte tem que ter suas raízes alimentadas, mas também nos faz defrontarmos com a família ideal e a real, para sabermos nos adequar as nossas necessidades e aquilo que realmente desejamos e não aquelas que imaginávamos serem as mais corretas ou bonitas.
Mas gostaria de salientar que além do sentido religioso perceber que o natal também é época que propicia reencontros, lavar a sujeira acumulada, reparar o reboco da alma, fazendo com que o feliz natal faça sentido.
Após a overdose de emoções na sua maioria inconsciente pois os preparativos, compras e presentes encobrem um pouco as emoções, dessa revisão da infância perdida de cada um de nós, lá vem o ano novo, que nos leva ,quer queiramos ou não a fazer um balanço que nem sempre nos enche de alegria e conforto, pois a vida real é assim sem perfeição, e saber fazer do imperfeito o que nos enriquece, precisa de uma ferramenta muito pouco utilizada -a esperança -que através dos tempos foi sendo retirada da vida da gente, ficando equivocadamente ligada apenas á fantasia.
Mas a esperança é concreta, ela tem cheiro, cor, e resultados, basta que nós a ponhamos em prática, e esse é momento em que a relação com o mundo e com o futuro é posta em questão por praxe, por convenção social, mas o importante é não perder a oportunidade.
Portanto vamos desejar e esperançar…esse é o primeiro passo para realizar e viver um ótimo ano novo.
