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Tocando no Shuffle: Como a Geração Z consome música



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Se a indústria musical teve de se reinventar para sobreviver ao MP3, ao YouTube e ao streaming, é com a Geração Z que ela agora precisa dançar — e rápido. Nascida entre 1997 e 2012, essa geração cresceu com o mundo na palma da mão, e com ele, todas as músicas de todos os tempos ao alcance de um toque. Mas o que ela ouve? Como escolhe? E, mais importante: por quê ouve?

A Gen Z não se prende a gêneros. Seu algoritmo pessoal é moldado por mood, estética e meme. O consumo musical é fragmentado, fluido e emocional. Uma mesma playlist pode reunir hyperpop, trap latino, K-Pop, funk carioca, bedroom pop e jazz japonês, tudo entremeado por trechos de áudios virais do TikTok — sua principal vitrine de descoberta sonora.

Ao contrário das gerações anteriores (como a minha), para quem o disco/CD representava uma identidade ou tribo, a Gen Z se move em comunidades efêmeras e curadorias momentâneas. A personalização é radical: o que importa não é o artista, mas a sensação. Mais do que fãs de música, são editores de trilha sonora para sua vida digital. E tudo em alta velocidade: o botão “skip” virou reflexo involuntário.

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Mas há um paradoxo curioso em jogo: quanto mais imersos no virtual, mais valorizam experiências físicas. E é aí que os eventos diurnos e os encontros inusitados ganham força. A Gen Z está redesenhando o mapa do entretenimento urbano — trocando a balada madrugada adentro por shows ao entardecer, sets de DJs em parques, rooftops e… cafeterias.

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Sim, você leu certo: cafeterias

O Coffee Party Festival, em Toronto, é um desses exemplos que parecem saídos de um sonho bem editado do Instagram. Durante um fim de semana inteiro, as principais cafeterias da cidade recebem DJs, baristas e criadores de conteúdo para uma celebração onde o espresso e o deep house se encontram com naturalidade. A versão irlandesa chamada Dublin Coffee Festival segue a mesma linha: dois dias de sets e intervenções musicais entre vapores de leite e o aroma do grão torrado. Aqui em São Paulo também temos nossos exemplos, como o The Coffee Beats que acontece na Praça do Por do Sol no próximo dia 26.abril – das 14:00 às 19:00 (gratuito, é só chegar junto).

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Esses eventos representam mais do que curiosidade urbana. São a tradução do desejo da Geração Z por conexão afetiva, experiências com curadoria e espaços onde arte e cotidiano se cruzam sem rigidez. E tudo isso ao som de uma música que não precisa ser alta — apenas significativa.

Também não podemos ignorar o crescimento dos festivais diurnos, como o Primavera Sound Day Edition e os “Sunset Raves”, que atraem públicos cada vez mais interessados em curtir sem exaustão. A Geração Z quer viver o agora com intensidade, mas sem abrir mão da saúde mental — e isso inclui repensar o horário dos shows, a qualidade acústica dos espaços e a relação com o corpo em movimento.

Essa geração consome música como quem constrói um espelho: não para ver o artista, mas para enxergar a si mesma em diferentes estados de espírito. E o que antes era só playlist agora virou ponto de encontro — sonoro, visual e afetivo.

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Se a Gen Z já nos mostrou que o futuro da música é líquido, acessível e coletivo, talvez esteja também nos mostrando que esse futuro é mais leve, mais cedo e com muito mais café. E sem amigos, música e café, eu não vivo.

Vida longa ao som bom (em um bom som).

Leollo Lanzone

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Leollo Lanzone

Leollo Lanzone é o alter ego de Mauro Galasso, que é de verdade, mas não cabia numa persona só. Tem olhar objetivo e sensível, tem o hábito de montar playlists, adora dançar eletrônico, sabe cozinhar, falar de amizade e tem opinião sobre quaaase tudo.


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