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O que você põe no prato ‘para os ouvidos comerem’, tem que te fazer bem depois. Se isso não está acontecendo, a culpa pode estar na sua dieta sonora, que está baixa no fator cultural. E a cultura de um povo não cai do céu, na forma de mais um irritante hit de verão em estilo “… descer prá BC”. Se ninguém lhe disse isso ainda, bem, você merece mesmo seguir essa coluna. Aproveito e já adianto também: “De nada. Seja bem-vindo”.  som

Desculpe aqueles sem filtro sonoro e que conjugam o raro tempo de vida, com ritmos abrutalhados, de composição rítmica desfavorecida de maturidade e construída sob uma harmonia brochante. Por favor, melhorem: “Deixe de fazer gente estúpida famosa”. Música boa nos abraça em harmonia, ao contrário daquela musicalidade que não nos açoita em batida rude e distorcida. 

Isso tudo é óbvio, em minha opinião. Que sou nada para você. Mas te garanto, dentro do quesito ouvir música, alcancei um status arrogantemente feliz por ter a certeza de que esse sentimento se fortaleceu com minha persistência em buscar “a batida perfeita” e não o hit da vez. Ouvir boa música me faz criar sinapses coerentes e viver emoções edificantes.

Afirmo para todos que acompanham a coluna Balaio do Leollo, que já ouvi tantas formas e estilos em minha trajetória, que tenho facilidade de sentir e entender rapidamente uma nova canção. Mas quanto mais ouço, mais descubro que tem muito mais música bacana para ouvir. Um tipo de compulsão que alimenta minha inteligência e reverbera entre minhas células – “… música é esperança, música é paixão”.    

Penso que a musicalidade ideal nos torna melhor como sociedade e representa positivamente nossa cultura. Música é uma significativa parte cultural e por isso, respeito quem faz de tudo para a cultura ser uma boa vibração: emoção valorizada, linguagem educadora e compromisso com a execução, portanto, eleva a cultura do público.

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Onde nasce a música boa

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Criar qualidade em música me parece ser é uma construção delicada, pois antes de tudo, requer uma responsabilidade com o resultado. Merece experimentação por entre as técnicas milenares disponíveis e com a função clara de fazer o Ser Humano mais feliz e sábio. Mas também encaro que a Humanidade sabe distorcer sonoridades para se aproveitar de parte de um povo e assim, ganhar mais dinheiro (música chiclete), cânticos de guerra (que formam legiões violentas e elitistas), indução de massas (charlatões e habilidosos oportunistas), entre outros caminhos fora de compasso social. 

Vamos de um grande exemplo. Para mim, quando vamos à uma balada, entramos em um imenso caldeirão vibracional, com função de um imenso lava-jato sonoro e, que deveria nos devolver para sociedade mais leves de neuras, além de mais bonitos de caráter. Claro, se você tiver experiência e sabedoria, pois é grande a chance de meter os pés pelas mãos e amanhecer como se tivesse passado no moedor de carne sonoro. Vale o aviso de Madamme Jorgina: Fica Loka Mas Não Fica Burra

Mas toda pista leva grande responsabilidade por parte do organizador da balada, que deve buscar profissionais da música gabaritados para assumirem a pista com habilidade técnica (sonorização), sensibilidade musical (construir ritmo após ritmo) e respeito com o público, pois buscará elevar a sabedoria sonora. Senão, teremos como resultado, uma sonoridade de pista desencontrada, sem sabor para o corpo, além de baixa saciedade para alma – além da balada ser uóóó, só faz aumentar a busca por drogas lícitas e ilícitas.

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A presença da música na sociedade humana é um dos mais marcantes traços da nossa trajetória cultural, conectando os primórdios de nossa existência às complexidades da modernidade. Essa relação evoluiu continuamente, refletindo o desenvolvimento da humanidade e sua busca por significado, conexão e expressão. Portanto, alerto que devemos revalorizar esse privilégio e assumir maior controle sobre o que damos play

Primórdios: Rituais Rústicos e Étnicos 

Desde as primeiras manifestações humanas, a música esteve profundamente enraizada nos rituais e celebrações. Povos antigos utilizavam sons percussivos e cantos para marcar ciclos naturais, como colheitas, chuvas e mudanças de estação, além de homenagear deuses e espíritos. Usado em cerimônias espirituais para transmitir histórias e conectar as pessoas à terra. Da mesma forma, tambores, flautas e instrumentos rudimentares surgiram em várias civilizações, carregando funções ritualísticas e sociais.

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A música era um meio de comunicação poderoso, transmitindo mitos e tradições antes do surgimento da linguagem escrita. Esses sons não eram apenas entretenimento; eles simbolizavam a ordem cósmica e serviam como ponte entre o humano e o divino.

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Transições Históricas: Da Corte ao Popular

Com o passar dos séculos, a música começou a se diversificar em função das estruturas sociais. Na Idade Média, se institucionalizou nas igrejas, tendo os cânticos gregorianos como uma expressão sagrada e imponente. Simultaneamente, trovadores e menestréis levavam histórias e entretenimento às praças, lançando as bases da música popular.

O Renascimento e o Barroco trouxeram uma sofisticação técnica com nomes como Bach e Vivaldi, enquanto a Revolução Industrial deu origem à música de massa. O acesso aos instrumentos e às partituras democratizou a música, tornando-a um elemento do cotidiano.

Modernidade: Da Holística ao Streaming

No século XXI, a música continua exercendo múltiplos papéis na sociedade, adaptando-se às mudanças tecnológicas e culturais. Práticas holísticas, como a musicoterapia e as meditações guiadas com som, resgatam as raízes espirituais da música, promovendo bem-estar e conexão interior. A vibração sonora é utilizada para alinhar emoções, aliviar estresse e tratar questões psicológicas.

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Simultaneamente, o acesso massivo a plataformas de streaming transformou completamente o consumo musical. A música deixou de ser um evento restrito a espaços físicos, como teatros e igrejas, para se tornar onipresente no dia a dia das pessoas. Agora, ouvimos música enquanto trabalhamos, viajamos ou relaxamos, com playlists personalizadas que refletem nosso estado emocional e identidade cultural.

De rituais à beira de fogueiras aos algoritmos que sugerem canções, a música continua essencial. Ela molda nossa experiência humana, une comunidades e reflete o espírito de cada época.

Mais uma vez para marcar esse aprendizado: #FicaLokaMasNãoFicaBurra

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Vida longa ao som bom (em um bom som). 

Leollo Lanzone


Leollo Lanzone

Leollo Lanzone é o alter ego de Mauro Galasso, que é de verdade, mas não cabia numa persona só. Tem olhar objetivo e sensível, tem o hábito de montar playlists, adora dançar eletrônico, sabe cozinhar, falar de amizade e tem opinião sobre quaaase tudo.


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